terça-feira, 26 de outubro de 2010

=/


Acho que vou acabar transformando este blog no "meuqueridodiário"... mas, de alguma maneira, sinto vontade de botar pra fora o que me incomoda... apesar de me incomodar mais ainda conversar com alguém de verdade...

Bem que podia existir um remédio contra o tédio... mas aí eu me viciaria, e ser dependente de qualquer coisa é outro tédio.

Enfim, não dá pra eu ser satisfeita com nada?!
Que saco, cara! Será que todo mundo é assim? Será que eu nasci com algum defeito? Isso é provável.
Queria pelo menos um dia, por um dia, ser normal, ser satisfeita, porque eu descobri um abismo entre ser feliz e ser satisfeita... descobri que sou apenas feliz... talvez isso seja o que eu mereça... quem vai saber?


"O tédio é o sentimento mais moderno que existe"
                                                                                                                                                        Cazuza

domingo, 10 de outubro de 2010

Que merda é essa de "quem sou eu"?


Se tem uma coisa que me dá raiva é essa parada de "quem sou eu" desses tais sites de relacionamento....
Será que ninguém ainda percebeu a idiotice que isso é? Eu não sei o que é pior: aqueles que escrevem "sou alguém tímido, porém batalhador, etc. (eca!) Ou aqueles que colocam um poema ou música qualquer pra se ver livre das definições pessoais que são incapazes de fazer (que fique registrado que eu sou um desses - tisctisctisc).
Talvez seja loucura minha, mas me parece que definir-se é a tarefa mais difícil do homosapiens. Acabamos por buscar as respostas para tudo, mas não são elas que movem o mundo, mas as perguntas (tá! eu copiei do comercial sim!).
Se alguém souber quem é, me diga, pois eu quero ver se é possível ser a mesma pessoa quando se está com um humor diferente...
#tenso... tô deprimida novamente hoje...

" O dia que me definir somente
através de palavras pode me esquecer
Pois então não já existirei mais".



(Quem souber o autor, pode falar! =])

sábado, 9 de outubro de 2010

O Poeta, o Apóstolo e a Pedra.

O poeta viu a Pedra,
e nunca se esqueceu dela.
A Pedra
é a divisão da Historia.
É a divisão das dimensões
da vida e morte humana.

Uns tropeçam.
Outros se apoiam.
Uns morrem.
Outros vivem.


Todos passam por Ela.
E todos existem por Ela.
Porque sem Ela,
o mundo não era,
não é, como também
nunca será

Antes do poeta,
o apostolo já havia dito.
Tinha uma Pedra,
no meio do caminho.
No meio do caminho,
realmente tinha uma Pedra.

Pedra que transformou
Saulo em Paulo.
Trevas em Luz.
Morte em Vida.


E assim seguem todos,
pelo caminho.
E assim seguem todos,
até a Pedra.


Uns tropeçam.
Outros se apoiam.
Uns morrem.
Outros vivem.


Alan Tinoco

"Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência" Arthur Schopenhauer



Às vezes eu tenho medo da minha mente...
Às vezes eu sinto vontade de só dormir para me ver livre de pensar... mas aí eu sonho... (infernno!)
Mas alguém já disse: O conhecimento é irresistível!
Fico constantemente analisando e questionando, observando fatos. Isso é razão pra me perder no abismo que é pensar e sentir... subverto razão em setimento, sentimento em razão e sou considerada louca. Erroneamente, convencionou-se que cepticismo é não acreditar em nada. Ao examinar a tradição céptica vi, no entanto, que não há um ceticismo, mas várias concepções diferentes. A principal fonte de conhecimento do cepticismo antigo e um texto de Sexto Empírico, em suas Hipotiposes pirrônicas. Logo no primeiro capítulo é dito que:
"O resultado natural de qualquer investigação é que aquele que investiga ou bem encontra aquilo que busca, ou bem nega que seja encontrável e confessa ser isto inapreensível, ou ainda, persiste em sua busca. O mesmo ocorre com as investigações filosóficas, e é provavelmente por isso que alguns afirmaram ter descoberto a verdade, outros que a verdade não pode ser apreendida, enquanto outros continuam buscando. Aqueles que afirmam ter descoberto a verdade são os dogmáticos, assim são chamados especialmente Aristóteles, por exemplo,[...]. Clitômaco, Carnéades e outros acadêmicos consideram a verdade inatingível, e os céticos continuam buscando. Portanto, parece razoável manter que há três tipos de filosofia: a dogmática, a acadêmica e a céptica. [...]"
Tá! Até aí tudo bem. Ou quase... Será que eu já não descobri a verdade? Até onde eu sei - e quero acreditar nisso, diga-se de passagem - e já achei a verdade absoluta que é Jesus e sua graça salvadora. Então, whatta hell is happening to me? (parafraseando Dean Winchester - rsrsrs) Por que eu não consigo me satisfazer apenas com isso? Talvez seja por que quase nunca consigo perceber essa verdade atuando em minha vida; uma prova dessa atuação seria a tal satisfação (isso seria justo!). A merda da inconstância é constante na minha vida, por isso só fico calma ou não-deprimida por alguns efêmeros momentos. Diante de tudo que já vivi não posso admitir que a verdade seja inalcançável. Ela existe sim! Preciso que seja desse jeito, todos precisamos! Sendo assim, posso apenas continuar buscando, e essa busca consiste em não fazer nada... quem sabe aquela famosa lâmpada surja em cima da minha cabeça?!
Talvez realmente não seja nada... vou esperar que a madrugada acabe quando o dia se pôr.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Isso é muita sabedoria

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."
Clarice Lispector